segunda-feira, 3 de maio de 2010

Pão, circo, futebol e funk

Eis que me pergunto, pra quê ser Cientista Social no Brasil.

" Animadas com o fenômeno Clodovil, celebridades ensaiam o discurso para tentar transformar a fama em votos nas eleições de outubro. A lista de candidatos improváveis vai de ex-participantes do "Big Brother" ao pentacampeão Vampeta, passando pelos ex-bad boys Romário e Edmundo, pelo trapalhão Dedé Santana e pela funkeira Tati Quebra-Barraco. " Por Bernado Mello e Fábio Grellet.

Bambam (ex-BBB) pretende trocar os bicos como cantor e animador de festas pelo "sossego de um mandato de deputado estadual". Promete estudar para aprender as atribuições de um político. " Vou fazer um curso e pedir dicas para o meu cunhado, que é veterinário. Ele me instrui em tudo".

O Historiador, sociólogo, economista e político Maximillian Carl Emil Weber em " Ciência e Política, duas vocações" afirma : "Somente quem tem a vocação da política terá certeza de não desmoronar quando o mundo, do seu ponto de vista, for demasiado estúpido ou demasiado mesquinho para o que ele deseja oferecer. Somente quem, frente a todas as dificuldades, pode dizer "Apesar de tudo!" tem a vocação para a política."Compartilharia também da vocação política a coroada rainha dos taxistas e da bateria de uma escola de samba do Grupo de Acesso do Rio, a Mulher Melão que agora sonha em torna-se, rainha das urnas?

O principal objetivo de Weber é compreender o sentido que cada pessoa dá a sua conduta e perceber assim a sua estrutura inteligível e não a análise das instituições sociais como dizia Durkheim. Propõe que se deve compreender, interpretar e explicar respectivamente, o significado, a organização e o sentido e evidenciar irregularidade das condutas. Isso pode esclarecer sobre a outra candidata, famosa pelo hit "Dako é Bom", Tati Quebra-Barraco deve ser candidata a deputada federal.

Atualmente a população recusa-se a participar de atividades sociais que possam ter finalidade ou cunho político, afastam-se de tudo quanto lembre atividades políticas,menos quando há showmício, é claro! Mesmo com o isolamento e recusas, estão fazendo política, pois estão deixando que as coisas fiquem como estão e, portanto, que a política existente continue tal qual é. A apatia social é, pois, uma forma passiva de fazer política ou para alguns seja talvez um espectro de esperança pelo surgimento de um candidato político no sentido clássico Weberiano. O problema é que a passividade remete a Política a não "ser de ninguém e estar ai prá negócio."

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